sábado, 20 de agosto de 2016

Auto-sofrer

Será que alguém pode explicar
Até onde vai essa tristeza
Será que alguém pode explicar
Por que não consigo superar?
A contradição de amar
E se envenenar desse amor
Talvez eu seja aquele tipo de pessoa que eu sempre condenei
Amo aquilo que me faz sofrer
Podia ser tudo mais fácil
Ou é de verdade ou é de mentira
Era só ter dito
Eu ainda prefiro a verdade mais doída
Do que a doçura da mentira
Tudo me corrói
Dói o peito
Dói a alma
E agora o que eu faço?
Não estou feliz
Mas posso ser mais infeliz ainda
Vale a pena o pensar
O que parece bobagem
Pode causar um grande estrago
Não sou forte suficiente para sempre suportar
Busco não ser fraca o suficiente para desistir.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

ARRISCAR




É muito bom quando descobrimos um sentimento novo, bom e que causa uma revolução no interior da nossa alma. Sentimento este que traz alegria desejo de vida e do qual logo nos apegamos desejando sermos felizes. Entretanto esse misto de emoções positivas nos "inebria, entontece", como já diria uma velha música ( Fascinação), e aí estamos perdidos. Esquecemos a vida como ela realmente é, renunciamos a nós mesmos, sonhamos pelo o outro, perdendo assim a noção de vida real e de ser humano imperfeito aprendida por nós no passado. Esse lapso de memória que muitos acham normal e fácil de superar pode ser o único canal de ar pra quem já tinha perdido a fé nos amigos e no amor sincero procedente dos homens. Pois é parece absurdo, mas existe gente assim, sem fé no seu semelhante. E por ironia do destino, o descrente acreditou e se decepcionou mais uma vez. Alguém que tinha lhe devolvido a esperança de vida o traiu. E agora? Voltará um dia a acreditar? De imediato, essas perguntas são difíceis já que o que se passa em seu interior é bastante destruidor. O que podemos afirmar é que a dor sentida é muito grande, entretanto, apesar de já ter desacreditado das pessoas, o descrente nunca deixou acreditar em seu Deus. Embora alguns já tivessem duvidado de sua fé no Pai, sem ela provavelmente ele não teria vivido para passar por mais essa decepção. Foi graças a Deus que ele pode realmente perceber que o ser humano é passível de erros e que todos incluindo ele próprio está sujeito a errar para com seu semelhante. Ao se lembrar disso, o turbilhão de emoções retrocede fazendo com que o descrente volte a raciocinar. Se este fato é o suficiente para dizer que ele voltou a confiar plenamente no seu semelhante a resposta ainda é espere, a vida se resolve com calma. Contudo, este fato foi o suficiente para ele confiar mais ainda em Deus, pois ele sabe que é por meio das dores sofridas que passamos a enxergar seus ensinamentos e a entender seus mandamentos. Nós sempre pecamos contra Deus e mesmo assim Ele nunca nos abandona. O que precisamos entender é que por meio do perdão não estamos fazendo um bem somente ao nosso semelhante, mas principalmente a nós mesmos, pois como o próprio evangelho de Jesus nos fala em Mateus 6, 14 "se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará". Por fim, pelo descrente a lição foi aprendida, a segunda chance para seu semelhante foi dada e, assim, ele voltou a ser crente entregando seu coração e depositando mais ainda sua vida e sua fé em Deus.